Dicas






Dicas

·         Procure não deixar a temperatura do aquário variar mais que 3ºC por dia.
·         Estabeleça horários para alimentar os seus peixes e para desligar a luz do aquário.
·         Troque suas lâmpadas fluorescentes a cada ano.
·         Procure observar o estado geral do aquário, diariamente.
·         Faça testes de PH a cada semana. Desta forma, o seu PH nunca irá se alterar bruscamente.
·         Só coloque a mão no aquário quando for extremamente necessário.
·         De pequenas quantias de alimentos para os peixes que devem ser consumidas em no máximo 5 minutos, pois as rações que não forem consumidas fermentam e produzem poluentes para a água.
·         Ao desligar a luz do aquário, deixe a luz do ambiente onde ele está ligada por uns 5 minutos. Assim os peixes não se assustarão muito.
·         A temperatura ideal do aquário entre 24 e 28ºC.
·         Pode as plantas conforme suas necessidades.
·         As luzes do aquário devem permanecer ligadas de 10 a 14 horas por dia.
·         Não deixe o aquário receber iluminação natural direta, pois esse tipo de luz faz que se desenvolvam algas, o que não é bom.
·         Use a proporção, para peixes limpadores, de um cascudo para cada 50 litros, ou 1 limpa vidro ou coridora para cada 10 litros de água.
·         Procure alimentar mensalmente seus peixes com alimentos vivos.
·         Ponha sempre bastantes plantas no seu aquário, pois elas oxigenam a água, ajudam a fazer o controle de poluentes e dão um aspecto muito bonito ao mesmo.
·         Uma forma de você saber se a água tem uma dureza total(dH) elevada ou não, é olhando as bordas do aquário. Se, após ter evaporado um pouco d'água, as bordas estiverem com uma camada branca, é porque a água é dura, mas se esta camada branca não aparecer, a água é mole.
·         Nunca coloque um tronco num aquário de água alcalina, pois o tronco vai acidificar a água.
·         Para aumentar o PH e a dureza da água acrescente meia colher de café de bicarbonato de sódio por dia, até você obter os valores desejados(sejam eles de dureza e/ou de PH).
·         Caso você tenha muitas plantas com raízes, acrescente um adubo para solo.
·         Um método de concentrar a fertilização do cascalho numa planta só, é colocando um pequeno vaso e enchendo-o com argila.
·         Evite variações bruscas de temperatura ou PH. Elas podem matar rapidamente seus peixes.
·         Não use cascalho colorido, pois além de não combinarem com um bom aquário, costumam soltar tinta e não são naturais, o melhor à usar é o cascalho de rio.
·         Para acidificar a água ponha um pedaço de xaxim bem lavado em seu aquário.
·         Use sempre cascalho arredondado no solo, de cor escura.
·         As placas do filtro de fundo devem ocupar no mínimo 3/4 do solo.
·         O posicionamento da luz atrás é melhor.
·         Caso necessário, deixe uma saída do divisor de ar livre, para sair o ar excedente do compressor.
·         Posicione sempre o aquecedor no fundo do aquário e na horizontal.
·         Para peixes de hábitos noturnos monte tocas com pedras grandes.
·         Plante 1/3 da área do solo.
·         Em caso de necessidade urgente, saiba que a água do chuveiro (quente) já vem sem cloro. Deixando esfriar, você pode usá-la no aquário.
·         Todo aquário deve ser assentado sobre uma placa de isopor.
·         Troncos apenas devem ser usados para ornamentar aquários de água ácida.
·         Limpe mensalmente apenas as algas do vidro frontal usando um limpador magnético, de gilette, de esponja ou uma esponja nova de lavar louça.
·         É conveniente instalar uma torre de filtro de fundo a cada 50 cm de comprimento de aquário.
·         O volume de água do aquário calcula-se multiplicando o comprimento pela altura e pela largura e dividindo por 1000. O resultado dará em litros.
·         Escolha sempre um aquecedor na proporção de 1 Watt por litro de água.
·         Alimente os seus peixes pelo menos uma vez por semana com alimentos vivos.
·         Guarde o pote de alimentos (ração em flocos) sempre bem fechado e em local seco e arejado.
·         Pedras calcáreas (ex: mármore) mantém a água alcalina naturalmente.
·         Inclua na decoração do aquário algumas pedras grandes arredondadas.
·         As raízes das plantas não devem ser totalmente enterradas no solo (não sufoque a raiz).
·         Os caramujos são benéficos para o aquário, quando controlada a sua taxa de natalidade, que é alta. Eles auxiliam na faxina do aquário.
·         Existe uma variedade muito grande de alimentos em flocos. Procure variar os sabores diariamente.
·         O coração de boi cru pode ser dado raspado aos peixes. Cuidado com o tamanho.
·         Peixes comem praticamente de tudo. Faça sempre experiências com novos alimentos. Comece dando um pouquinho e observe.
·         O tamanho do alimento a ser dado aos peixes deve ser proporcional ao tamanho de suas bocas.
·         Um termostato pode ser usado para controlar a temperatura de vários aquários simultaneamente.
·         Observe sempre que algumas espécies de peixes vivem bem em cardume.
·         Crie o hábito de cheirar a água de seu aquário. Com o tempo você irá identificar quando a água não está boa, só pelo cheiro.
·         Acostume os seus peixes a horários fixos de alimentação e de acender e apagar a luz. Coordene isso.
·         Pedaços de xaxim bem lavados são usados para acidificar a água naturalmente.
·         A temperatura da água deve permanecer entre 24 e 28ºC.
·         No inverno, verifique a temperatura da água pelo menos duas vezes por dia. Cuidado com a queda brusca.
·         Uma boa opção de alimento para os peixes no inverno é a artemia salina viva. Se for difícil adquira-la, estoque alguns podes de artemia congelada ou hidratada.
·         Um peixe albino vive melhor numa intensidade de luz moderada.
·         Para alimentar os peixes com tubifex, utilize sempre um comedouro próprio que existe à venda nas lojas. No final do dia retire o comedouro e jogue fora o que sobrou do tubifex.
·         Deixando o saquinho com um peixe recém-adquirido boiando na água por uns 10 minutos, você estará equalizando as temperaturas das duas águas e isso é muito bom para o peixe.
·         Aprenda também a equalizar as condições químicas da água. Depois de efetuar o item anterior, abra o saquinho, jogue metade da água fora e com um copinho introduza, em intervalos de 3 minutos, água do seu aquário. Ao final de 12 minutos coloque o peixe no aquário. Não jogue a água do saquinho no aquário.
·         Ao comprar um novo peixe, peça ao lojista que acondicione o saquinho plástico em um saco de papel escuro. O peixe sentirá assim menos medo.
·         Saiba que um peixe bonito e com o colorido forte na loja pode chegar em sua casa e perder a cor quando colocado em seu aquário. Isso é normal e em pouco tempo ele voltará a mostrar o seu colorido natural.
·         Um peixe de água ácida pode viver muito bem em água alcalina, e vice-versa, desde que a sua adaptação seja de forma gradativa. E depois de bem adaptado, procure nunca colocá-lo diretamente de novo em água ácida, só porque você leu que ele é um peixe de água ácida...
·         A primeira semana de qualquer peixe em um aquário é básica. Se ele se adaptar bem nesse período (com a água, alimentação e companheiros), ele viverá bem.
·         Saiba que os peixes vivem muitos anos, e não apenas algumas semanas.
·         Se você for construir um aquário de grande porte, faça o vidro do fundo bi-partido, com uma emenda. Isso aliviará a pressão da água no vidro.
·         Uma pequena variação (de 3 a 5ºC) da temperatura da água durante o dia é bom para os peixes.
·         Algas marrons ou plantas amareladas indicam iluminação insuficiente.
·         Em geral plantas que são compridas e não possuem raízes ficam melhor se plantadas em tufos (molhos).
·         Os peixes mais indicados para o principiante são: Tricogaster, Colisa, Betta. Você aprenderá muito cuidando deles.
·         Coridoras, limpa-vidros, cascudos e dojos são ótimos para nos ajudar na faxina do aquário, pois apreciam algas e restos de comida. Coloque um grupo deles depois de 30 dias do aquário montado. Não coloque antes.
·         Nunca use cascalho pontiagudo no solo.
·         Não use uma camada muito fina de cascalho sobre o filtro de fundo.
·         Não coloque o aquário sobre móveis frágeis. Cuidado com acidentes.
·         Não deixe o aquário próximo a janelas.
·         Não deixe o compressor próximo ao reator da lâmpada fluorescente.
·         Não deixe o pote de comida em lugares quentes, como próximo à lâmpadas e ao reator.
·         Muita aeração na água é ruim para as plantas.
·         Nunca retire o aquecedor ligado da água, e nunca ligue-o fora da água.
·         A bomba submersa, quando utilizada, deve trabalhar submersa mesmo.
·         Nunca troque toda a água do aquário.
·         Cuidado na troca parcial da água, a nova deve ter o mesmo pH da antiga.
·         Evite colocar juntos peixes de água ácida e outro de  água alcalina. Normalmente não combinam.
·         Nunca utilize no solo cascalho colorido que solta tinta.
·         Se for construir um aquário, informe-se sobre a espessura do vidro. Não deve ser muito fino.
·         Não super-alimente os peixinhos que ficam em criadeiras. A água ficará turva e eles morrerão.
·         Em aquários recém montados, espere no mínimo 3 dias para adicionar o primeiro peixe.
·         Não bata no vidro do aquário. Os peixes se assustam.
·         Não coloque muito a mão dentro do aquário. Só se houver muita necessidade.
·         Não fique modificando sempre a decoração. Procure mexer o menos possível nele.
·         Procure não fumar ou usar aerosol perto do aquário.
·         Não esqueça de colocar uma toalha grande sobre o aquário se você for pintar o ambiente.
·         Nunca dê aos peixes biscoitos para cães, migalhas de pão ou bolachas.
·         Carpas e kinguios grandes vivem bem em tanques externos. Evite colocá-los em aquários pequenos pois arrancarão as plantas e suas fezes poluem a água. Apenastenha carpas e kinguios grandes em aquários grandes e com filtro externo forte.
·         Nunca coloque juntos peixes muito grandes e muito pequenos.
·         Não super-alimente os peixes com ração. O resto de comida poluirá a água. Evite também dar alimento em pó ou em grão, se você é iniciante.
·         Não super-povoe seu aquário. calcule sempre a proporção de 1 cm de comprimento de peixe por litro de água.
·         Não coloque plantas de superfície (aguapé, alface d´água, etc). A lâmpada queimará suas folhas e são anti-estéticas.
·         Não coloque tartaruguinhas e pitus junto com os peixes. Estes animais podem "cutucar" os peixes, principalmente à noite.
·         Procure não dar "peixes vivos" aos peixes grandes e carnívoros. Adote outras opções alimentares (fígado de galinha, coração de boi, minhoca, tubifex, etc).
·         Todo alimento se deteriora muito rapidamente, principalmente os naturais (coração de boi crú, camarão, etc). Forneça aos peixes sempre em pequenos pedaços e veja eles comerem tudo antes de colocar um novo pedacinho.
·         Os peixes comem tudo que é "bichinho". Só evite dar a eles insetos que possuem espinhos ou ferrão.
·         Cuidado com a temperatura da água. Evite deixar abaixo dos 20ºC ou acima dos 30ºC.
·         Os peixes comem mais no calor e durante o dia.
·         O movimento de turbulência forte da água não é bom para as plantas, pois elas precisam de gás carbônico.
·         Evite introduzir medicamentos em um aquário equilibrado e com muitas plantas. Avalie sempre a gravidade da doença, separe eventuais peixes doentes e trate-os. As plantas morrem em presença de certos medicamentos.
·         Não pense que algas no fundo ou pedras esverdeadas é sujeira. Isso faz parte do equilíbrio do aquário.
·         Conchas do mar não deve fazer parte da decoração de um aquário de água doce.
·         Evite fazer manutenções em seu aquário nos dias frios.
·         Se você pretende reproduzir peixes nunca os deixe em um aquário comunitário. O casal reprodutor precisa de tranquilidade para acasalar.
·         Evite deixar seu aquário sem tampa de vidro caso você possua peixes saltadores (ex: Espada).
·         Nunca coloque pedras de mármore ou dolomita em aquários de água ácida.
·         Nunca pense que comprando dois peixes em uma loja você está adquirindo um casal. Tenha sempre num mesmo aquário grupos de peixes da mesma espécie para que formem casais naturalmente.
·         Nunca coloque peixes que nadam muito rapidamente em aquários de pouco comprimento (ex: Paulistinhas, Dânios, etc).
·         Não instale apenas lâmpadas Grolux em aquários altos (com mais de 60 cm), pois os raios luminosos desta lâmpada só são efetivos até 50 cm.
·         Nunca coloque uma luz muito forte no aquário. A luz irritará os peixes, que perderão o brilho e a cor natural.
·         Evite fornecer artemias salinas que você adquiriu vivas e estão mortas no saquinho.
·         Não esqueça de passar as artemias vivas em água corrente (use uma peneirinha) antes de fornecê-las aos peixes.
·         Nunca compre um peixe que vive bem em cardume sozinho. Compre no mínimo 5.
·         Lembre-se que a melhor maneira de tartar uma doença parasitária no aquário, sem utilizar nenhum remédio, é retirar todos os peixes e mentê-lo funcionando por 5 dias sem peixes. Depois você pode colocar os peixes de volta (que foram tratados em um aquário-hospital).
·         Não coloque sal num aquário que possui coridoras ou cascudos.
·         O Ictio nunca aparecerá em um aquário com baixa temperatura. Apenas aparecerá em um aquário que sofre constantemente quedas bruscas de temperatura.
·         Nunca deixe de checar constantemente as instalações elétricas de seu aquário.
·         Nunca traga da loja muitos peixes acondicionados em um único saquinho.
·         Evite guardar artemia viva para o dia seguinte. Dê toda a porção que você comprou no mesmo dia.
·         Se você na loja comprar peixes que estão em diferentes aquários, peça ao lojista para acondicioná-los em saquinhos separados.
·         Alguns peixes não devem ser colocados como primeiros habitantes do aquário: Tricogaster, Beijadores...
·         Não coloque muitos enfeites em seu aquário, principalmente os que soltam bolhas.
·         Os peixes dormem. Não se assuste se à noite, com a luz apagada, os seus peixes estiverem parados, próximos ao solo.
·         Não trate as plantas como "matinho", achando que devem ser repostas periodicamente. Elas crescem muito e vivem muito.
·         Não use muitas plantas artificias.
·         Não adquira aquários com altura maior que 80 cm. Dificultará a manutenção, pois seu braço não alcançará o fundo.
·         Não ilumine seu aquário com lâmpadas coloridas (verde, azul, vermelha...).
·         Não compre um peixe sem conhecê-lo bem. Saiba ao menos o nome de seus peixes.
·         Não alimente seus peixes à noite, com a luz apagada.
Não esqueça de observar na compra de um novo peixe: Olhos: têm que estar perfeitos, brilhantes; Corpo: sem arranhões e com muco protetor brilhante e cores vivas; Barriga: deve estar um pouco saliente, isto é, gordinho. Não compre peixes com a barriga para dentro; Nadadeiras: sem manchas e bem transparentes. Não compre se estiverem fechadas, quebradas ou faltando pedaços; Boca: deve estar perfeita, sem feridas nem inchada; Ânus: não deve estar inchado.   






                      Alimentação: um problemão
A alimentação em aquários, sejam eles marinhos ou de água doce é fator de fundamental importância. A qualidade da mesma deve ser a melhor possível para que consigamos suprir as necessidades de nossos peixes que, na natureza encontram tudo o que lhes é necessário para um perfeito e rápido crescimento e desenvolvimento das mais variadas cores.
Ao contrário do que muitos pensam, os peixes precisam comer muito. Mas muito meeesmo. Mas isto também não significa que devemos virar um pote de comida em nossos aquários.
Não sei porque se convencionou dizer que peixes em aquários comem por repetição. O comportamento alimentar dos peixes em aquários não é diferente do comportamento no ambiente natural. Nos tanques, assim como na natureza, comem tudo o que encontram pela frente e não apenas o que é necessário para seu desenvolvimento como muitos imaginam. Ocorre que na natureza, para encontrar o alimento é exigido certo desgaste, ou seja, os animais precisam se esforçar nadando quilômetros diariamente para achar comida, e em nossos tanques, devido ao espaço limitado não há este desgaste, portanto, seus organismos exigem menos alimento que na natureza. Este controle da quantidade deve ser feito por nós mesmos usando o bom senso.

CADEIA ALIMENTAR
Os peixes, na natureza, exercem papel de consumidores e alimento, ou seja, são predadores de determinados seres (como algas, crustáceos e moluscos ou mesmo peixes menores) e também servem de alimento para outros seres (como algas e pequenos animais - quando morrem ou quando defecam - e outros animais como peixes maiores ou alguns mamíferos).
O fator alimentação é portanto um dos principais limitadores de população de um ambiente, impedindo que algumas espécies se proliferem de maneira exagerada, o que poderia comprometer todo um ecossistema. É claro que o número de predadores naturais também controla a população de determinada espécie sendo portanto um dos fundamentais limitadores populacionais, mas ainda assim estamos falando de alimentação, só que neste caso, do ponto de vista dos predadores.
Na natureza, os peixes encontram o que precisam para se alimentar, mas não como num aquário quando oferecemos alimento. Nos recifes de coral, rios e lagos o alimento está espalhado obrigando-os, como dissemos, a percorrer distâncias enormes durante um dia, e é por não encontrar alimento como encontram nos aquários, ou seja, de uma só vez, é que os peixes em ambiente natural não "comem até estourar".
Se houver uma interrupção na cadeia alimentar podem ocorrer catástrofes ecológicas como extinção de determinadas espécies neste local.
Um exemplo prático é o papel do nosso jacaré no pantanal...Este animal é um dos poucos predadores naturais de piranhas, e as piranhas comem outras espécies de peixes. Se houver uma diminuição significativa na população de jacarés, haverá uma população excessiva de piranhas que acabarão por extinguir outras espécies de peixes e até talvez sua própria por escassez de alimento.
A maioria dos peixes come tudo que lhes aparecer pela frente e não têm parâmetros de quando cessar, tanto na natureza quanto em nossos aquários. A diferença, como já vimos, está na dificuldade de encontrar alimento.
Fundamentalmente, o que quero dizer é que é incorreto dizer que os peixes precisam comer pouco. Precisam comer o necessário. O necessário é a quantidade suficiente para mantê-lo com aparência gordinha.
Quando mergulhar, ou assistir a uma fita de mergulho ou mesmo de peixes de rio, reparem que a vida dos peixes é procurar comida. Estão sempre à procura de alimento. São muito esfomeados, e este é um dos sinais que o peixe está se sentindo bem. Este deve ser o comportamento de um peixe em um aquário.
- Gordinho? Quer dizer que nossos peixes precisam ser gordinhos?
Basicamente sim.
Você já pescou algum peixe em um rio ou represa que estivesse magro? Você comeria um peixe com esta aparência? O primeiro pensamento seria : "Hummm ! Este peixe é contaminado..."
Se já mergulhou ou assistiu á fitas de mergulho, já viu algum peixe magro? Eu nunca. Todos os peixes que vi em habitat natural me pareceram empanturrados de comida. Gordos mesmo, e sempre procurando mais.
Nos aquários, devemos ter o cuidado de não deixá-los empanturrados, mas basicamente gordinhos, com aparência "roliça".
Muita gente sabe disso, e decide então alimentar várias vezes por dia em grande quantidade...
Daí surge o grande, e porque não dizer, maior problema dos aquaristas de maneira geral : 
O Excesso de Alimento

ALIMENTAÇÃO EXCESSIVA
Venho dizendo durante toda a matéria que os peixes precisam comer muito e ser alimentados com os mais variados sabores de alimento que existem no mercado mundial de aquarismo, mas devemos tomar um cuidado básico: Alimentar da forma correta.
- Mas como assim? Alimentar é só jogar a comidinha no aquário e pronto!
Está errado.
Alimentar é talvez a coisa mais importante que o aquarista deve fazer em seus aquários e não pode ser encarada assim, com tanta simplicidade.
Alimentar corretamente, é prover aos peixes quantidade e qualidade necessária para que supram suas necessidades físicas 
sem deixar sobras no aquário.
Pense comigo: Se acabar sua refeição e jogar o resto de sua comida em um canto da cozinha, o que vai acontecer? Apodrecer, não é? Quais as conseqüências à saúde das pessoas que vivem na sua casa isto pode trazer? Imagine então se todos os dias, os restos de suas refeições forem se acumulando no canto de sua cozinha... Quais seriam as conseqüências? O que isto poderia lhe trazer em termos de queda na qualidade de vida de sua família?
Pois no aquário, ocorre pior. Se sobrar, vai apodrecer trazendo conseqüências terríveis ao ambiente como um todo.
Alimentando sem sobras, os filtros biológicos e mecânicos, desde que estejam bem dimensionados e em bom funcionamento se encarregarão de eliminar todo material orgânico que o aquário produz. Claro que recursos como sifonagens e trocas parciais ajudam e devem ser feitas periodicamente de acordo com as instruções de seu tipo de aquário.

COM O QUÊ ALIMENTAR
O tipo de alimento que será administrado, depende fundamentalmente do tipo de aquário e espécies de peixes que você tem.
No mercado temos vários tipos de alimento como :
· alimentos em flocos;
· alimentos granulados ou em forma de bolinhas;
· alimentos para peixes de fundo como botias, corydoras;
· alimentos industrializados para peixes grandes e carnívoros;
· alimentos desidratados;
· alimentos hidratados;
· alimentos vivos como artêmia, blood worm, dafnia, tubifex, etc...
· alimentos congelados
· alimentos em forma de patê com misturas variadas
· alimentos de lenta dissolução para finais de semana
· etc...
Todos são muito bons e cada espécie apresenta algumas exigências distintas, mas basicamente, devemos procurar oferecer aos peixes uma mistura com vários tipos de alimento mas, para não exagerar na dose, que tal um dia dar um tipo, no outro, outro tipo e assim por diante?
Apenas verifique se o alimento que você usa não tem pó. Passe o dedo na parede interna do pote e veja se não está cheio de pó. Peixes não comem pó, por isso, mude de marca. Esse pó irá misturar-se à água e acabar com a qualidade da mesma. Além disso, comida suja, via de regra é de má qualidade. Fique atento. Não é porque você vê propagandas em todos os lugares que a comida é boa. Faça o teste do dedo, do cheiro (tem que ser forte) e da cor (tem que ser consistente).

QUANTO E COMO DEVO ALIMENTAR







Esta é a parte mais importante, e como dissemos, alimentar deve ser encarado com seriedade. Devemos realizar uma espécie de "ritual".
Não importa qual o tipo do alimento, procure seguir esta regra básica:
Dar um pouquinho de nada (uma pitadinha) apenas para chamar a atenção da "galera". Quando todo mundo, ou ao menos a maior parte estiver ali, esperando você jogar mais, jogue uma pitada pequena, mas maior que a anterior. Repita isto mais uma ou duas vezes, até que perceba uma diminuição na voracidade do apetite de seus peixes, sempre muito atento para que nenhum floquinho ou bolinha ou pedacinho do que quer que seja fique pelo aquário. Cada nova pitadinha só deve ser administrada quando absolutamente todo alimento for consumido. Com isso, todos ficarão satisfeitos e nada sobrará no tanque.
Se quiser, diminua um pouco a quantidade de alimento e poderá até alimentar duas vezes por dia.
No caso de aquários marinhos, isto também pode ser feito. Uma alimentação diária em grande quantidade pode causar problemas como o aparecimento indesejável de algas filamentosas bem como problemas no equilíbrio do tanque. Não deixe sobrar nunca!
Lembrem-se que peixes marinhos na natureza não comem da superfície, ou seja, não tem o hábito de buscar alimento na superfície da água, e por isso podem ter problemas para se adaptar com alimentos industrializados como flocos ou alimentos granulados por exemplo.
Para solucionar este problema, e estimulá-los a comer, pode-se pegar um copo de água (doce ou salgada) e jogar os flocos e granulados dentro. Se quiser, coloque também um pouco de artêmia viva ou congelada. Misture levemente e adicione com água. Lembre-se: Tudo isso da mesma forma já mencionada. Isto também pode ser feito para água doce, mas devemos sempre ter o cuidado de nunca deixar sobrar alimento.
Problemas com apetite?
É comum aos peixes marinhos e algumas espécies de água doce não aceitarem comida ou não se interessarem pelo alimento fornecido pelo aquarista. Quando isto ocorre podemos ativar o instinto natural de caça de nossos peixinhos fornecendo-lhes artêmias salinas vivas. As artêmias são pequenos crustáceos sem carapaça altamente nutritivas e que, por nadarem de maneira irregular quando colocadas no tanque podem estimular este instinto em um peixe sem apetite.
Mas, devemos dar um tratamento a artêmia antes de adicioná-la ao tanque: Coloque sob água de torneira a artêmia recém comprada na loja em uma redinha própria para este uso. Em seguida, coloque-as em um copo com água doce e deixe por cerca de 10 minutos. Jogue-as na rede novamente e então coloque-as novamente em um copo com nova água doce e então jogue-as de maneira já mencionada no tanque.
Se quiser adaptar seu peixe a comer alimento industrializado, adicione-o aos poucos junto a artêmia e vá com o tempo diminuindo a quantidade do crustáceo e aumentando a quantidade de flocos até que consiga eliminar a artêmia, mas é sempre bom, vez por outra alimentar seus peixes com este pequeno ser por seus altos índices de nutrientes.
Se por um acaso, alguma catástrofe como excesso de comida jogado no tanque por empregada, criança, cunhado ou entes familiares queridos que ignoram o ritual da alimentação procure retirar com uma rede ou mesmo sifonar (aspirar) todo o excesso de alimento trocando um pouco da água e o carvão, e rezar para que nada de mais grave ocorra.

CONCLUINDO
95% dos aquaristas que tem tido problemas com seus aquários nos dias de hoje não sabem, mas seu problema é com o excesso de alimentação, ou, melhor dizendo, alimentação errada que gera sobras que acarretará no apodrecimento parcial ou total do tanque causando mortes e mais mortes.
Siga corretamente o ritual da alimentação e , desde que possua um aquário bem montado e efetue as manutenções necessárias, terá fatalmente um tanque saudável e livre de fungos e parasitas oportunistas por muito e muito tempo.











Aquarismo - Mitos e Realidades


O aquarismo, não se sabe por que, carrega, especialmente aqui no Brasil, diversas lendas a seu respeito ao longo dos anos. Particularmente, acredito que isso se dê devido à falta de informação generalizada e também pela criatividade do brasileiro.Neste artigo, tentarei esclarecer alguns pontos que poderão auxiliar, especialmente os profissionais interessados em não propagar falsas informações, e principalmente interessados em divulgar e propagar mais o aquarismo.Aquário dá muito trabalho. Só quem tem muito tempo é que pode ter um aquário em casa.Quem pensa assim, obviamente não tem a menor noção do que é um aquário de verdade, e muito provavelmente, se teve aquário, o mesmo nunca funcionou direito.
O trabalho que um aquário dá se limita a :
1 - trocas parciais uma vez por mês, cerca de 30% do total, acompanhados, dependendo do sistema de filtragem, de sifonagem (aspiração do cascalho).. Claro que existem exceções como os aquários dos peixes Discos, onde estas trocas devem ser feitas 2 vezes por semana, mas via de regra, com uma troca parcial de 30% ao mês é suficiente. Gasta-se , com cada troca, cerca de 10 a 30 minutos, dependendo do tamanho do aquário. Mesmo assim, existem empresas que prestam este tipo de manutenção por preços bem razoáveis.
2 - Alimentar todos os dias. Pode-se alimentar de 2 a 4 vezes ao dia, mas de maneira correta. Excesso de alimentação acaba com o aquário. Gasta-se com isso no máximo 5 minutos por dia.
3 - Limpar o vidro. Usa-se um imã, onde não se molham as mãos e consegue-se limpeza interna e externa. Gasta-se com isso de 5 a 10 minutos. A frequência depende muito de aquário para aquário. Os de água doce, em geral, requerem limpeza quinzenal. Os de água salgada, semanal ou no máximo 2 vezes por semana.
4 - Adicionar suplementos. Normalmente precisamos usar alguns suplementos na água, em especial em aquários de plantas aquáticas ou de água salgada. Seguindo a recomendação de cada suplemento, devemos estipular os dias corretos de dosagem. A dosagem de suplementos varia de aquário para aquário, mas nunca leva mais de 2 ou 3 minutos na dosagem.
5 - Limpeza dos filtros. Normalmente fazemos isso quando efetuamos a troca parcial mensal. É um trabalho muito simples que pode levar menos de 1 minuto para fazer. Normalmente os filtros possuem refís, e ao aquarista, basta trocá-los. Em aquários de água salgada, o único filtro existente deve ser o skimmer. Neste filtro, basta uma limpeza do copo receptor. Esta tarefa nunca leva mais que 5 minutos.
6 - Verificação geral - Uma olhadinha nas condições gerais dos peixes, do aquário como um todo e eventualmente alguns testes podem ser feitos. Esta tarefa, na verdade, é a de contemplação, ou seja, não pode nem ser considerada tarefa, mas sim, parte da curtição do hobby.

Todos os meses eu tenho que lavar o aquário.
Nunca, eu repito, nunca, em hipótese alguma, devemos lavar o aquário todo. Aquela história de tirar toda a água, peixes para lavar pedras, vidros e bombas simplesmente não existe. O aquarista que fizer isso, está fadado ao fracasso, ou simplesmente arriscando a vida de todos os habitantes do tanque. Isso porque um aquário para atingir um bom nível de "maturação" leva em média 6 meses. Toda vez que desmontamos um aquário, todo o período que levou até a maturação do aquário é perdido, e deve-se recomeçar tudo de novo. Isso cria uma instabilidade que pode proporcionar o caos no aquário, especialmente se o mesmo for bem habitado.Para evitar estas limpezas desastrosas, medidas como , alimentar corretamente, sifonagens (aspirações seguidas de trocas d'água) mensais, um bom filtro externo - em aquários de água doce, ou um skimmer eficiente - em aquários de água salgada - e evitar a superpopulação são os métodos corretos.

Aquário de água doce dá muito menos trabalho que um aquário marinho.
Está aqui um bom exemplo de má informação, principalmente a respeito de um aquário marinho. Um bom aquário marinho, é sim, entre 3 a 8 vezes mais caro que um aquário de mesmo tamanho que seja marinho, mas em relação ao trabalho, dependendo da configuração, um aquário de água doce chega a demandar de 3 a 4 vezes mais tempo de manutenção que um aquário de água salgada.Podas nas plantas, trocas parciais duas vezes por semana no caso dos discos, controle de pH e KH no caso do uso de CO2 para plantas, etc... são alguns exemplos. Um aquário marinho, é sim, muito mais caro, mas normalmente demanda o mesmo tempo de manutenção que um aquário de água doce. Peixe é assim mesmo. Morre a toa. Morreu, tem que comprar outro. Se não fosse assim, as lojas não conseguiriam ganhar dinheiro. Esta sim, é, seguramente, a maior asneira que alguém poderia falar a respeito do aquarismo, seja ele marinho ou de água doce. Peixes podem permanecer vivendo muito bem por anos e anos. Dependendo da espécie, podem ficar em nossos aquários por mais de 10 anos. Se os peixes estão morrendo com freqüência, é porque o aquário é uma porcaria digna ir voando para o lixo, ou ao menos, é sinal que o aquário precisa de uma revisão no conceito. Muitos são os motivos para que os peixes morram com freqüência, e 95% destes motivos são causados por falta de informações precisas na hora da montagem. O peixe é um animal sensível e seu organismo exige algumas coisas. Limpeza e oxigenação são as duas exigências principais. Por isso, cuidados na forma de alimentar, filtros eficientes e manutenção adequada resolvem estes problemas.No caso de loja, sempre há ganho quando o cliente fica satisfeito. Mais clientes serão indicados, mais aquários serão vendidos, e, por conseqüência, serão vendidos, mais peixes, alimentos, etc...

Isso aqui na minha loja não vende.
Muitos lojistas perdem muito dinheiro porque acreditam piamente nesta afirmação. Se não vende é porque o lojista não tem para oferecer. Alimentos importados, de qualidade, filtros modernos, lâmpadas especiais e novidades em geral, devem estar sempre a disposição do cliente. Aquaristas gostam de novidades, e estão sempre correndo de loja em loja. Uma loja de aquário é considerada boa quando está sempre trazendo novidades, e nunca deixando faltar na prateleira produtos de qualidade. O baratinho também deve estar na prateleira, mas se ganha dinheiro e clientes mesmo é nos produtos especiais e de qualidade. Por isso, nunca deixe de investir na sua loja, trazendo estes produtos novos e peixes mais caros e exóticos.









Manutenção do Aquário de Água Doce
Concluída a montagem do aquário, a manutenção passa a ser a parte principal para manter as condições ideais do seu aquário. De nada adiantará um aquário bem montado, com todos os equipamentos necessários, e corretamente dimensionados, se você não fizer uma manutenção periódica.É justamente neste ponto que a grande maioria dos aquaristas, que não obtém sucesso no hobby, costumam pecar! Ao contrário do que muitos pensam, esta manutenção, apesar de necessária, é muito simples e rápida de ser feita! Muitos acreditam, e foram ensinados desta forma, que devem desmontar seu aquário periodicamente e lavar tudo! Pedras, filtros, etc. Isto não só é desnecessário, como É TERMINANTEMENTE ERRADO!!! NUNCA se deve fazer isto!!!A explicação é simples. No substrato (cascalho) do aquário, é formada a biologia, que é responsável por transformar as substâncias tóxicas presentes na água em substâncias menos tóxicas. Podemos dizer que essa biologia está constantemente "reciclando" a água do aquário.A biologia se forma sozinha, mas demora cerca de 30 dias para atingir um nível capaz de "dar conta" do recado. Se você desmonta seu aquário todo mês para limpar, toda essa biologia é perdida! O resultado: seu aquário não terá condições de "reciclar" a água, que estará acumulando as substâncias tóxicas, formadas pela decomposição das fezes dos peixes, restos de alimentos, plantas mortas, ou mesmo peixes que eventualmente venham a morrer. Em pouco tempo, a água ficará tão poluída que seus peixes começarão a ficar doentes e a morrer.Fazendo essa "limpeza" periódica — desmontando o aquário para lavar — você NUNCA terá um aquário equilibrado e saudável.Mas não se iluda! Não existe nenhum milagre. A água do aquário, mesmo com a biologia em perfeitas condições, não ficará numa boa para sempre! É necessário uma correta manutenção periódica.
Forma correta de fazer a manutenção do Aquário:
Para manter seu aquário saudável, são necessárias algumas tarefas simples:

·         Troca parcial de água: Troca-se uma parte da água do aquário periodicamente. A quantidade a ser trocada varia de 30 a 50 por cento do volume total do aquário. Quanto menor o aquário, maior a freqüência que se deve fazer as trocas de água. Por exemplo, em um aquário de até 50 litros, deve-se trocar 30 por cento semanalmente. Não se deve estender esse prazo.Para aquários acima de 50 litros, pode-se fazer trocas de 30 por cento semanalmente ou cerca de 50 por cento quinzenalmente. A água utilizada deve ser da torneira mesmo, previamente preparada em um balde. Use um removedor de cloro e, se necessário, ajuste o pH para que fique igual ao do aquário. Deixe o balde próximo do aquário por uns 30 minutos para igualar a temperatura das duas águas.
·         Limpeza dos filtros externos: Deve-se limpar os filtros externos, lavando ou trocando o refil se necessário, no máximo a cada 15 dias, pois apesar desses filtros retirarem a sujeira da água, essa sujeita estará no refil do filtro e permanecerá em contato com a água até que seja feita a limpeza do filtro. Só então a sujeira será retirada do aquário. Se você optar por lavar o refil do filtro, faça isto com água do próprio aquário, em um pequeno balde, para não matar a colônia de bactérias (biologia) presente nele.
·         Limpeza das algas dos vidros: Sempre que necessário, limpe o vidro frontal e os laterais de seu aquário. Para este fim você pode usar vários dispositivos, desde raspadores magnéticos - que não te obrigam a enfiar o braço dentro da água-, esponjas (muito cuidado! esta esponja deve ser de uso exclusivo do aquário e nunca dever ter sido usada para outros fins, e tenha um cuidado especial com esponjas com antibactericidas! Que não devem ser utilizadas, pois elas podem acabar com a biologia de seu aquário!!), ou qualquer objeto que sirva para este fim: cartões de crédito, réguas plásticas etc. Cuidado com lâminas metálicas que podem riscar o vidro do aquário.
·         Poda das plantas: Se o seu aquário tem plantas naturais, você terá que fazer podas sempre que julgar necessário. Procure fazer essas podas sempre antes das trocas parciais, para que a sujeira levantada durante a poda seja eliminada pela troca de água. Remova as folhas mortas ou muito atacadas pelas algas, ou que estejam muito feias, além é claro, de desbastar as plantas que cresceram demais. Não se esqueça de que é na poda e na arrumação do aquário que ele ganha personalidade, ganha vida, ganha a cara de seu dono.
·         Sifonamento do fundo: Se seu aquário não possui plantas naturais, é necessário fazer o sifonamento toda vez que fizer as trocas de água, ou pelo menos uma vez ao mês. Para tanto usa-se o sifão — que é um tipo de copo plástico com uma mangueira conectada ao seu fundo — para aspirar a sujeira do cascalho.Se seu aquário tiver muitas plantas naturais, essa operação não é tão necessária, ou pelo menos, não com tanta freqüência. Alguns entendidos são contra o sifonamento de aquários com plantas naturais. Contudo, se você verificar um grande acúmulo de sujeira no substrato, não vemos muito problema em sifoná-lo com moderação, apenas para retirar eventuais excessos indesejáveis.
Sistemas de Filtragem
É óbvio que, se colocarmos animais em uma solução aquosa onde não exista nada para realizar uma limpeza, esta solução irá apodrecer causando danos letais a estes animais. Por isso, o homem desenvolveu sistemas de filtragem que podem ser divididos em 3 categorias básicas:
- Filtragem Biológica
- Filtragem Mecânica
- Filtragem Química

Filtragem Biológica
É um sistema de filtragem mais comum e quase que obrigatório na maioria dos sistemas de prática de aquarismo. Consiste em proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de determinados tipos de bactérias que apresentam como função básica a "transformação" de determinados elementos dentro de nossos aquários, fazendo com que elementos de alta toxidade sejam eliminados e modificados para outros menos ou nada tóxicos, permitindo, assim, a sobrevivência de nossos peixes. São chamados assim justamente pelo fato de que há uma espécie de filtragem natural, feita por outros seres.
Conhecemos diversos filtros no mercado com esta finalidade. Entre eles podemos citar :
Filtro de Fundo : Aquele das placas pretas que ficam sob o cascalho. Este sistema apresenta vantagens como fácil instalação, baixo custo, discrição. Como desvantagens podemos citar o acúmulo constante e irremediável de detritos, dificulta na manutenção de plantas naturais, pouca eficiência se comparado à sistemas mais modernos, perda de colônias de bactérias quando da periódica sifonagem, etc...
Filtro Interno Modular : São módulos triangulares colocados uns sobre os outros, e dentro destes módulos são colocados elementos chamados erroneamente de elementos filtrantes, pois quem filtra são as bactérias que colonizam estes elementos, e não estes por si só. Dentre estes elementos, podemos citar cerâmica, cascalho e até cacos de telha. São colocados também perlon e carvão ativado nas camadas superiores, juntando em um só filtro os sistemas biológico, mecânico e químico. As vantagens são baixo custo e bom desempenho, inclusive em aquários destinados a plantas aquáticas. As desvantagens são a aparência, pois é difícil camuflá-lo, dificuldade de manuseio para limpeza e troca de carvão e perlon, acúmulo de sujeira nos tais "elementos filtrantes".
Filtro Dry Wet : Muito usado em aquários marinhos, e com muito sucesso na manutenção de peixes, este sistema também pode ser usado na manutenção de peixes de água doce e com a obtenção de excelentes resultados, com algumas excessões. Neste caso, os bio balls - peças semelhantes a um ouriço do mar feitas de material plástico - são os elementos que permitirão o desenvolvimento das tais colônias de bactérias em sua superfície. Neste sistema, os bio-balls ficam imersos recebendo apenas uma chuveirada d'água que os mantém molhados. Desta forma, aumenta-se a oxigenação da água, aumentando a eficiência da filtragem. As bactérias retiram oxigênio do próprio ar. As vantagens são bom funcionamento, alta oxigenação e bom nível de limpeza no tanque. As desvantagens são dificuldade na montagem, não deve ser usado se o aquarista desejar manter plantas naturais, pois dispersam muito CO2 e o não obedecimento de alguns padrões de construção podem acarretar em sérios problemas ao aquarista.
• Filtro de Areia Fluidisada : Trata-se de uma das maiores novidades mercadológicas dos últimos tempos. É um cilindro com uma entrada e uma saída de água com um pouco de areia bem fina dentro. Neste sistema, nossas benéficas bactérias se desenvolvem nas superfícies dos grãos de areia. Com a entrada e saída de água, estes grãos mantêm-se em suspensão recebendo água por todos os lados, fazendo com que as colônias se mantenham limpas e muito bem oxigenadas. A grande novidade aqui é que dificilmente notaremos presença de elementos tóxicos como amônia e nitrito, pois propicia excelente atividade bacteriológica . As vantagens são : fácil instalação, excelentes resultados tanto para os peixes quanto para as plantas, muito bom desempenho em aquários dos cobiçados discos, entre outras. As desvantagens são custo relativamente alto e alguma dificuldade em esconder a bomba e mangueiras de entrada e saída.
Filtros Canisters : São filtros do tipo Fluval. Tem a mesma função de todos os filtros já mencionados. Seu funcionamento se assemelha ao do filtro modular com as mesmas desvantagens com agravante de serem muito caros. A única vantagem aqui é que a água passa mais rápida. Vemos muitas pessoas comprando estes filtros para incrementarem seus filtros biológicos... Bem, acredito que isto seja um desperdício desnecessário de dinheiro. São dois filtros iguais. Seria o mesmo que colocar dois motores no mesmo carro...É claro que existem outras formas de filtragem biológica, mas acredito que estas sejam as principais. Na verdade as bactérias, quando encontram condições favoráveis se formam em qualquer lugar, no cascalho, nas pedras grandes e até nos vidros! Daí o fato que muitos aquaristas experientes nem usarem filtro biológico em seus sistemas. Apenas muitas plantas e filtros externos.

Filtragem Mecânica
É o tipo de filtragem mais simples de entendermos, pois é aquele que simplesmente retira a sujeira do aquário. O mais conhecido é o chamado normalmente de filtro externo. Existem toneladas de marcas no mercado, e até onde conheço, todas funcionam muito bem sem distinção. Escolha apenas o tamanho mais adequando para seu tanque, seguindo as orientações do fabricante.O funcionamento é quase sempre o mesmo. A água passa por um refil composto ou de perlon (lã acrílica) ou esponja e depois pelo carvão ativado. A sujeira fica retida no perlon que deve ser trocado uma vez por mês. O ideal mesmo seria a cada 15 dias, pois a sujeira fica retida no perlon, mas como a água continua passando por ele, significa que a sujeira só sai mesmo do sistema quando a jogamos fora. Talvez uma lavadinha a cada 15 dias e uma troca por mês seria o ideal.Muitos usam os filtros canisters como filtro mecânico. É possível mas tem algumas desvantagens como a dificuldade de manuseio, limpeza e o problema do carvão ativado que veremos a seguir.Outra forma de filtragem mecânica é a sifonagem (aspiração por meio de um sifão) do fundo do aquário. Quando retiramos a sujeira do cascalho, estamos fazendo uma filtragem mecânica, pois estamos retirando fisicamente, detritos do tanque.

Filtragem Química
O método mais comum é o carvão ativado.A função do carvão é vital. Elimina gases e elementos tóxicos, principalmente o fenol, que é resultante da morte de algas e mesmo plantas e ácidos úmicos. O problema é que o carvão ativado, normalmente, por ficar em áreas de grande passagem de água, tem seus poros entupidos com certa rapidez. Alguns autores chegam a afirmar que duram no máximo 15 dias em nossos aquários.Além disso, a quantidade que os filtros externos normalmente provém é insuficiente. O ideal é colocarmos uma quantidade extra de carvão em algum espaço no filtro externo. Podemos usar para isso uma meia de mulher para fazermos um saquinho.Além do carvão, estão disponíveis no mercado, resinas removedoras de nitrato e fosfato. Podemos usá-las, mas não acho necessário, isso porque as trocas parciais são, de maneira geral, suficientes na eliminação do nitrato. Com relação ao fosfato (principal causador de algas filamentosas) é eliminado por plantas. Existem também removedor de cobre que são usados após o tratamento com sulfato de cobre no tanque.
II - Manutenção Básica
Os aquários de água doce são fáceis de serem mantidos, mas necessitam manutenção periódica para não terem perdas significativas na qualidade de sua água. Basicamente, devemos mensalmente, ou quando necessário, efetuar trocas parciais de cerca de 30% do total da água, e, dependendo do sistema de filtragem, efetuarmos sifonagens.Trocar o refil dos filtros externos mensalmente e efetuar uma manutenção nas bombas de movimentação. Só isso! Nunca, eu repito, NUNCA, mais uma vez para gravar bem NUNCA faça aquelas tradicionais lavagens de aquário dos domingos de manhã, que sempre causam aquelas desavenças com esposas, mães ou qualquer membro hierárquico superior de sua casa por você ter espalhado água na casa toda. Isso dá um trabalho lascado e simplesmente acaba com a formação e equilíbrio biológicos do aquário.Se você fizer as trocas parciais, trocar os refis, não superlotar seu aquário, não terá problemas com excesso de sujeira.A troca parcial de água, retira uma água suja (no caso das sifonagens) e desgastada e repõe uma água totalmente renovada, com elementos importantes na composição da química da água. Além disso, ajuda a manter baixa a dureza da água.
III - pH
O pH é medido em escala logarítmica de 1 a 14. Nos aquários de água doce, a média é o pH neutro. Mesmo os peixes que gostam de água mais ácida ou alcalina irão se adaptar bem a um pH neutro, com exceção dos ciclídeos africanos. Por isso, é recomendada a manutenção deste valor em aquários comunitários.A tendência do pH é ir baixando conforme o aquário vai ficando mais velho. Isso devido ao acúmulo de detritos e dos gases produzidos no processo biológico. Se fizermos uma manutenção adequada (sifonagens, trocas parciais e trocas de refil do filtro externo), o pH se manterá estável mais facilmente. Mesmo assim, existem no mercado, produtos chamados tamponadores (buffers) que ajudam a manter níveis estáveis. Convém fazer testes de KH para se saber se há ou não necessidade de usar tamponadores.
IV - Alimentação
Pasmem, em 95% os casos de aquaristas que tem problemas com seus tanques de água doce, a causa é o excesso de alimentação.Nos aquários, costumamos alimentar 1 vez por dia. Ocorre que muitos viram o pote de comida no aquário, permitindo que sobre alimento. O alimento que sobrar irá apodrecer e adivinhem o que irá acontecer? Bactérias e Fungos irão se reproduzir com muita rapidez contaminando a água e afetando os peixes.Casos de excesso de alimentação menos graves, os aquaristas também podem ter problemas com infestações de bactérias e parasitas, mas principalmente com o equilíbrio do tanque de maneira geral. Portanto, a alimentação é muito importante, mas deve ser dosada de maneira muito consciente.
Varie o máximo que puder os tipos de alimento ministrados aos seus peixes. Artêmia (desde que tratada adequadamente), Flocos dos mais variados sabores (eu prefiro os da Tetra), blood worm congelado ou seco, dietas congeladas, etc, são boas pedidas, mas sempre sem deixar sobrar! Pode-se alimentar até 3 vezes ao dia, mas sem sobras e com consciência.
V - Plantas
A maior parte das plantas vendidas hoje no mercado, morre em menos de 2 meses nos aquários convencionais. Isto ocorre porque estes aquários não são projetados para desenvolver estes vegetais. Aquários de plantas são diferentes e devem conter um substrato fértil (não filtro de fundo), um recurso de injeção de CO2 e uma boa iluminação. São simples de manter, embora um pouco mais trabalhosos que os convencionais, mas o visual é inigualável.
VI - Temperatura
É um ponto importante. Não se deve ter um aquário sem um bom termostato. Recomendo a peixes comunitários a manutenção de uma temperatura média de 26 a 28 graus. Com esta temperatura intermediária, mantemos um bom nível de metabolismo de nossos peixes e um equilíbrio satisfatório em nossos aquários. O problema são as variações bruscas. Se a temperatura cair de 28, 30 graus para 23, fatalmente teremos problemas com íctio em nossos aquários. Por isso, mantenha um bom termostato com bom controlador de temperatura ligado o tempo todo com ponteiro indicando 26 graus, por exemplo.
Trocas de Água e Manutenção dos Filtros

A função básica das trocas de água é remover impurezas, sujeira acumulada no fundo, e baixar o nível de nitrato, que é uma proteína que se acumula na água, produto da decomposição da sujeira por bactérias. As exigências de cada espécie quanto à trocas d`água varia, de forma que o que será discutido aqui vai ser um padrão geral.Na média, a frequência das trocas de água pode ser de uma vez a cada 15 dias, com uma troca de 25% da água nessa ocasião. Eventualmente, se as condições da água parecerem piorar, pode-se fazer uma troca maior (50%), ou aumentar a frequência das trocas (veja o item "A matemática das trocas de água").As trocas de água devem ser feitas usando um sifão (foto a baixo).


                                               
Como sifonar o aquário: o sifão
Material Necessário:
- sifão;
- balde limpo, para uso somente no aquárrio. Esse balde vai ser usado para tirar água, e depois para tratar e repor a água nova.
- condicionador de água (anti-cloro): preferencialmente um que anule da água tanto o cloro quanto a cloramina (composto de cloro + amônia, não é volátil) e também os metais pesados.
Para sifonar o aquário, as bombas e aquecedores devem ser desligados ( o nível da água vai baixar), mas os peixes ficam no aquário.
O sifão trabalha usando a gravidade: o aquário fica mais alto que o balde e depois de dar "ínício" no sifão, a água vai ser drenada do aquário para o balde. Para "iniciar" o processo, podemos encher o sifão na torneira ou chupar água do aquário direto, pelo sifão. Como a ponta do sifão que fica dentro do aquário é mais larga que o tubo, não há pressão suficiente para sugar o cascalho, e apenas a sujeira é removida; é interessante mecher de leve o cascalho com o sifão, aproveitando para limpar o fundo e remover restos de comida e dejetos dos peixes.
É fundamental tratar a água que será colocada no aquário para remover cloro e outros produtos e deixá-la o mais parecida possível com a água do aquário em relação ao pH e temperatura; para isso usando o produto condicionador e o balde. ATENÇÃO: se a troca de água é muito grande, maior que 20 % do volume total do aquário, não devemos completar a água de uma vez, pois os peixes podem até morrer com o choque causado pela diferença na qualidade da água nova, de forma que devemos completar o aquário um pouco de cada vez, dando intervalos de 1/2 hora para que os peixes vão se acostumando com a água.
Quanto à limpeza de filtros externos ou internos que usam material filtrante, quanto mais se limpa, mais duram os materiais filtrantes, e melhora a qualidade da água, de forma que eu recomendo limpeza dos materiais que retêm sujeira 1 vez por semana, e troca dos elementos que sofrem desgaste (como o carvão ativado) a cada 30 - 40 dias. As hélices e rotores de filtros e bombas também devem ser limpos periodicamente, de acordo com orientação do fabricante.
A Matemática das Trocas de Água
Acho que todo mundo que tem um aquário ja ouviu sobre a necessidade de trocar água do aquário. O motivo das trocas não é exatamente limpar a água, mas sim purificá-la de substâncias acumuladas em excesso, e repor alguns elementos que vão sendo consumidos ao longo da vida do aquário. O principal produto acumulado no aquário é o nitrato, uma proteína que se forma basicamente pelos processos de decomposição no aquário, tanto da amônia da urina dos peixes, quanto de restos de alimentos.O nitrato em baixas concentrações não faz mal aos peixes, mas em alta concentração torna os peixes cada vez mais suscetíveis a doenças e prejudica muito as plantas, causando amarelamento das folhas, normalmente de baixo para cima, e sua morte.Nesse artigo vamos tratar da diminuição dos níveis de nitrato por trocas de água.
Qual a quantidade ideal de água a ser trocada?
Aqui vou abrir um parênteses para garantir que trocar toda a água, no tradicional processo de desmontar o aquário e lavar tudo certamente não é o melhor. Dessa forma a concetração de nitrato cai para zero, mas ao mesmo tempo se destroi toda a biologia que havia se desenvolvido no aquário, dificultando em muito a sobrevivência dos peixes e causando sempre baixas entre os mesmos.

Para fins práticos, é aceitável uma concentração de nitrato de até 25 ppm, sendo que concentrações superiores a essa começam a ser prejudiciais aos peixes, e as plantas começam a parar de crescer, ao que se segue o amarelamento das folhas. No esquema acima, a rotina de trocas de 50 % de água mensal, consegue manter indefinidamente o nível de nitrato em algo entre 10 ppm e 20 ppm, enquanto que a rotina de trocas menor, mas semanais, não consegue controlar a subida lenta, mas constante, da concentração de nitrato. Deve-se levar em conta, na análise dos dados acima, que alguns valores foram escolhidos para facilitar a compreensão, mas que não são necessariamente aplicáveis nos casos reais, como o acúmulo de 10 ppm de nitrato por mês; a quantidade de nitrato produzida está ligada a diversos fatores, dentre eles: quantidade de peixes no aquário, quantidade de alimentos oferecidos aos peixes, qualidade dos alimentos, tipo de filtragem utilizada, periodicidade na manutenção de filtros externos (quando esses são usados), uso de resinas para controlar o nitrato ou absorver a amônia (não deixando essa se transformar em nitrato), presença de plantas naturais no aquário, e outros.Cabe dizer que resolver o problema do excesso de nitrato no aquário através de uma grande troca d`água pode não ser a melhor solução: ao mesmo tempo em que alivia a concentração de nitrato, essa troca pode dar um choque de temperatura ou pH nos peixes, que também pode ser fatal. Tomemos como exemplo a água de São Paulo - S.P., que sai da torneira bem alcalina, com pH superior a 7,5, mas com dureza quase zero (o que faz com que o pH não esteja tamponado, podendo cair rapida e facilmente caso ácidos sejam liberados no aquário). Em um aquário montado com essa água a tendência do pH é acidificar rapidamente com a colocação de peixes e o subsequente processo de decomposição dos restos de alimento e dos excrementos dos peixes. Assim, um aquário com pH inicial de 7,4 pode passar, em questão de dias (digamos 15) para 6,8 e continuar caindo. Os peixes vão se adaptando ao longo do tempo a essa queda gradual do pH, mas na hora da grande troca de água, que será feita de uma vez, o choque de pH ao misturar 50 % de água com pH 7,5 com 50 % com pH 6,8 ou menos, pode ser fatal. Para não fazer uma troca de água prejudicial, é importante acompanhar os parâmetros da água do aquário, principalmente o pH, para saber o que está acontecendo, e até usar esses dados para decidir quando fazer trocas de água, e a porcentagem das mesmas.
A Ecologia do Aquário Ornamental
Um ecossistema é um sistema fechado, que se mantém por si próprio através da interação entre seus componentes.
O aquário não funciona exatamente como um sistema ecológico fechado, pois para que ele se mantenha, é necessário introduzir comida, fazer uma limpeza periódica do fundo, eventualmente trocar água e possivelmente usar um sistema de filtragem, e até aquecer artificialmente a água. Mesmo assim, um dos objetivos do hobbysta é conseguir atingir um equilíbrio do sistema.Um aquário montado, com filtro biológico sob uma camada de cascalho no fundo, algumas plantas e peixes, apresenta ciclos de decomposição e utilização de elementos químicos produzidos dentro do sistema, como o próprio oxigênio e os compostos nitrogenados, que atingem um equilíbrio em um aquário estabilizado.No caso dos compostos nitrogenados, a alimentação faz com que os peixes dejetem, o que introduz na água amônia (tóxica), que induz a fixação de bactérias na camada do fundo, que vão se alimentar dessa, transformando-a em nitrito, que estimulará outro tipo de bactéria a se fixar, que por sua vez transformará o nitrito em nitrato, que vai se acumulando na água, sendo utilizado em muito pequenas quantidades pelas plantas, que por sua vez são comidas por alguns peixes. Como a utilização do nitrato é muito menor que sua produção, esse vai sendo acumulado na água. Uma das funções das trocas de água no aquário é a remoção do excesso de nitrato. É fato que uma grande concentração de nitrato na água faz diminuir até parar o crescimento das plantas, e é especulado que também seja prejudicial aos peixes, em especial no aquário de água salgada, que tolera menores concentrações de nitrato.


Para que as plantas cresçam e os peixes se desenvolvam com saúde e até venham a se reproduzir, o primeiro passo é deixar que se forme o filtro biológico, ou seja, que se fixem na camada de cascalho as bactérias do ciclo do nitrogênio, que vão rapidamente retirar os elementos mais tóxicos do aquário (amônia e nitrito) a medida que estes forem sendo produzidos pelos peixes. Para a completa estabilização do filtro biológico, que se forma com a circulação da água pelo cascalho, o tempo estimado é de aproximadamente um mês. Não é aconselhável colocar peixes no aquário antes desse período de tempo, porém, eu particularmente gosto de começar colocando um ou dois peixinhos depois de uma semana do aquário montado, para que estes estimulem a formação do filtro biológico, produzindo o elemento inicial, ou seja, a amônia. Outro conselho, é que mesmo após um mês de montado, os peixes sejam introduzidos aos poucos, dando alguns dias de folga entre a introdução, para que o filtro biológico se adapte a demanda da sua função. Não é aconselhável superpovoar nenhum aquário, pois com excesso de peixes, o equilíbrio do aquário fica mais vulnerável, sendo facilmente afetado. Por exemplo, um peixinho que morre e começa a se decompor num aquário vazio não causa maiores transtornos, já num aquário lotado pode causar a morte de todos os outros se não for rapidamente removido, pois a decomposição usa grande quantidade de oxigênio, indisponibilizando esse elemento para que os outros peixes respirem.
No caso do oxigênio, esse se dissolve na água principalmente através de trocas com a superfície, mas também é produzido pelas plantas aquáticas através da fotossíntese. Quanto mais quente a água, menor a quantidade de oxigênio dissolvido que essa vai conter. Sem sistema de aquecimento, a água do aquário esquenta durante o dia e esfria a noite, de forma que o oxigênio dissolvido de dia é menor que o dissolvido de noite. Esse é um dos motivos para evitar colocar excesso de peixes em um aquário, e também para usar aeração e movimentar a água para estimular a troca de gases: a saida do gás carbônico e entrada de oxigênio, através de um equilíbrio dinâmico.Essa breve introdução demonstra porque muitos aquários dão errado, fazendo com que as pessoas percam o gosto pelo hobby tão fácil. É fácil perceber também que é fundamental um pouco de paciência na motagem de um aquário novo, para que este se estabilize antes da colocação dos habitantes. É comum ver pessoas (especialmente acompanhadas de crianças) nas lojas de peixes, comprando o KIT completo de aquário, filtros, plantas, e peixes tudo ao mesmo tempo. A conscientização de que é necessário preparar com antecedência o habitat, para depois introduzir os peixes é fundamental para o crescimento do número de hobbystas.


                               Combate as algas 



Filamentosas: Raspagem manual nas áreas mais afetadas para se desprenderem e sucção posterior através de sifão; apagão 48h ou diminuição do fotoperíodo pela metade. Normalmente apenas com este método consegui eliminá-las em uma ou duas semanas.
Marrom: Como normalmente aderem ao vidro, limpeza sem deixar nenhum vestígio de algas; troca de 30-40% de água; aumento da luminosidade. Note que existem casos que normalmente estas algas preferem aderir em zonas mais sombrias do aquário, comum em aquários compridos que usam lâmpadas do tipo PL. Neste caso, apenas aumente a luminosidade na área afetada.
Seu surgimento em aquários novos é comum, mas se persistir ao longo dos próximos meses, é porque há algo errado com os parâmetros da água.
Petecas: Remoção do excedente das áreas afetadas; diminuição da circulação de água; uso de Flourish Excel para o enfraquecimento da colônia e remoção com sifonagem retirando restantes das algas. É a mais chata de todas para se eliminar e precisa de muita paciência.
Green Spot: Normalmente aderem a superfície lisa; remoção manual e maior frequência nas trocas parciais. Em alguns casos pode indicar que o aquário está com boa saúde, desde que seu surgimento não seja excessivo, indicando que níveis de nitrato presente na água.
Algas verdes em suspensão: Trocas parciais constantes e uso de Help Filter com cartucho limpo a cada 24h. O uso do UV também foi eficiente, porém necessita reforço na filtragem mecânica para que sejam retidas e posteriormente banida da água. Troca da media mecânica do filtro a cada 3-4 dias. Apagão de 48h para cessar sua proliferação aliado ao método acima, foi bem eficiente.
Cianobactérias: Já usei Eritromicina para sua erradicação, porém, obtive melhores resultados apenas com o apagão e trocas parciais constantes. Normalmente aderem ao substrato ou folhas. Basta remoção para se desprenderem do local e posterior sifonagem; apagão de alguns dias para enfraquecerem e novamente remoção através da sifonagem e posterior reforço na filtragem mecânica.
Basicamente é isso.
Estou há algum tempo compilando um artigo sobre algas com alguns detalhes de como eliminá-las e em breve posto no fórum.
Note que o tempo de apagão e métodos utilizados podem variar de acordo com o estágio de desenvolvimento das algas, bem como as características químicas da água. Ultimamente como possuo peixes que suportam pH abaixo de 6.0, sempre deixo o pH entre 5.5-6.0 (ou menos, variando a espécie). Neste pH é um tanto complicado algas proliferarem, exceto marrons e petecas.
Mas como nem tudo são flores, ao mesmo tempo o aquário praticamente não possui bactérias benéficas neste range de pH, precisando de trocas regulares de água. Caso não há trocas regulares, haverá acúmulo de ácidos, podendo agir diretamente na saúde dos peixes.




     Analisando a filtragem no Aquarismo 


Vamos procurar destacar as características principais do Sistema Misto de Filtragem, utilizando o Filtro Externo Misto Acoplado. Periodicamente iremos aos poucos fornecendo-lhe uma série de conceitos para que você comece a se interessar em estudar um pouco mais a importância da filtragem no aquário para a vida aquática e no final consiga assimilar uma gama grande de informações para então saber escolher bem o sistema ideal para o tipo de aquário que você pretende montar.
Caracteristicas principais deste filtro:

- sistema indicado para aquários grandes, a partir de 150 litros.
- Sistema indicado para aquários de água doce
- o volume total do Filtro deve ser adotado em 20% do volume total da água do aquário (Ex.. Para um aquário de 150 litros o filtro devera ter 30 litros)
- Este filtro pode ser acoplado na lateral do aquário, ou atrás dele. 0 importante é prever bem um espaço adequado para futuras manutenções.
- Observe o esquema abaixo... Note que você pode montar o filtro utilizando uma Bomba submersa, ou mesmo uma Bomba de Cabeçote. 0 importante é prever uma vazão media de 1,5 o volume de água do aquário por hora, ou seja, para um aquário de 150 litros, está muito bom uma bomba de 220 litros/hora. Observe bem este dado. Caso você já possua uma bomba de maior vazão, você pode usá-la, mas apenas deve ficar atento para que a saída de água da bomba seja direcionada para o vidro lateral frontal do aquário, a 90 graus. Neste caso você não necessitará introduzir pedras porosas dentro do Filtro.


- As Bactérias que existem no Filtro e nos auxiliam na Biologia da água são aeróbias, portanto necessitam de oxigênio para viverem. Elas também gostam de ambientes escuros, por isso se você puder construir o seu filtro com vidro fume, ou pintá-lo externamente de preto, é bom para o sucesso do Sistema.
- As plantas, em contra partida necessitam do Gás Carbônico (CO2) exalado pelos peixes e por isso é que a água de seu aquário não pode ser muito turbulenta e agitada. Plantas bonitas significam aquário bem equilibrado.
- Na montagem do Sistema de Filtragem, analise o desenho acima e verifique que na parte que chamaremos de biológica, você pode usar camadas de pedras roladas e cascalhos de diferentes tamanhos. Nesta parte biológica, periodicamente (a cada dois meses) podemos com uma varinha fina remexermos levemente este material filtrante, para que alguns gases possam ser liberados, e assim a durabilidade do Sistema estará garantido.
- Quanto a parte mecânica, que pré filtra a água e retira dela partículas em suspensão, este material filtrante deve ser lavado quinzenalmente (a lã pode ser reutilizada varias vezes)... A cada duas lavagens da lã, você pode colocar nesta parte mecânica, um pouco de carvão ativado (colocar em uma meia de mulher) pois irá ajudar na purificação e desodorização da água.
- Para aquários de água ácida, você pode deixar colocado na parte mecânica, permanentemente uma placa de xaxim bem lavado. A acidificação da água estará garantida naturalmente.
- Evite utilizar dolomita ou algum cascalho calcário em aquário que você quer uma água acida.
- A iluminação interfere na acidez da água. Plantas em desenvolvimento, algas, muita luz, significam que a água está com tendências para a alcalinidade.
- Este sistema. é muito utilizado em aquários que dividem dois ambientes, onde você pode esconder todo este Sistema de Filtragem.
- Lembre-se que você possui um Filtro vivo (de Bactérias), portanto nunca é demais dizer para você que nunca se deve utilizar medicamentos Bactericidas em seu aquário, ou você estará matando todas as Bactérias (as que fazem mal aos peixes, mas também as boas ...)
- Não é raro você ter surpresas em seu Filtro ... Normalmente alguns ovos de peixes ovíparos podem ser sugados pelo Filtro e neste podem nascer filhotinhos...
Por isso, sempre que você for lavar a lã, observe se não nasceram alguns peixinhos, que encontram neste habitat, segurança e alimentação abundante... 






algas

Quem nunca teve um problema (mesmo que pequeno) com essas indesejáveis "formas de vida"? Eu sei, você já teve, está tendo ou conhece alguém que tem esse problema...é normal. Tudo bem, é normal. Mas ser normal não significa ser agradável, não é mesmo? Então a pergunta é só uma: como não ter problemas com algas azuis, verdes, marrons, rosas, pretas, etc?

Neste artigo não vou falar de nenhum tipo de alga em especial, não vou usar o argumento simplista e preguiçoso de que algas marrons significam falta de luz e algas verdes significam excesso da mesma (isso é apenas mais um dos "mitos" espalhados por aí) e muito menos vou citar nome científicos de algas. Isso não interessa a mim nem a você. Será apenas um artigo simples (não simplista), objetivo e principalmente: FUNCIONA.
Primeiramente, é preciso deixar bem claro que este artigo não se aplica àqueles aquários que acabaram de ser montados. É óbvio que no começo, ocorrem diversas mudanças dentro de um aquário. Disso todo mundo já sabe. Então, se apareceram algas marrons nos vidros, se apareceram algas verdes nas pedras, se a água ficou turva, se qualquer coisa desse tipo aconteceu no seu aquário montado há pouco tempo, não se preocupe demais. É assim mesmo. Agora, se o seu aquário estava uma beleza, com as plantas indo bem e com tudo "aparentemente" em ordem e de repente aconteceu uma explosão de algas, é preciso "esquentar um pouco a cabeça". Mas é preciso saber diferenciar um "problema com algas" da "existência de algas". TODOS os aquários normais têm algas. Mas o importante é que nem todos os aquários têm problemas com elas, pode haver uma convivência pacífica (é até bonito ver algumas algas filamentosas crescendo sobre pedras e troncos).
Ok, você tem um verdadeiro problema com algas. O primeiro passo é parar para analisar. Isso mesmo, analisar. Seu aquário tem peixes demais? Você alimenta seus peixes em excesso? E as trocas de água? Utiliza algum tipo de fertilizante? Qual? Enfim, são muitas variáveis...
Uma coisa é certa: vou bater sempre na mesma tecla. Algas só viram um problema em aquários com excesso de nutrientes, principalmente nitrato e fosfato. Então, se os níveis desses dois "sujeitos" forem controlados, as algas não serão responsáveis por dores de cabeça.
O próximo passo é comprar um teste de nitrato (NO3) e um de fosfato (PO4). Se os testes indicarem mais de 20 mg/l de nitrato e mais de 5 mg/l de fosfato, é bom começar a procurar a causa do problema. Como foi mencionado acima, as principais causas desses níveis anormais são: muitos peixes no aquário, excesso de alimentação, poucas e/ou pequenas trocas de água, fertilizantes de baixa qualidade, entre outros. Até encontrar e resolver a causa do problema, como medida emergencial pode-se fazer grandes e frequentes trocas de água. Algo como 10% a cada 3 dias ou 40-50% a cada semana (imagina só o trabalho). Isso deve ajudar a manter os níveis estáveis.
O problema do excesso de peixes e de alimentação é óbvio. Quanto mais peixes, mais dejetos. Quanto mais dejetos, mais material em decomposição se transformando em nitrato. O mesmo acontece com o excesso de alimentos.
O problema dos fertilizantes é algo fácil de se resolver. Para saber se o fertilizante é bom para plantas ou excelente para algas basta dar uma olhada em sua composição. Se aparece algo como "fosfato de não-sei-o-que" ou "nitrato de alguma coisa" pode esquecer. É apenas um produto vagabundo feito por alguma marquinha que não se preocupa com a qualidade de seus produtos e muito menos com problemas que podem aparecer nos aquários dos consumidores.
As trocas de água são fundamentais. Não importa o quanto seu sistema de filtragem seja bom, nada substitui as trocas semanais. Nitrato e fosfato são acumulativos, eles não desaparecem por mágica. Precisam ser exportados. Em um aquário equilibrado, trocas semanais de 20% do volume são suficientes para manter os níveis em torno de 15 mg/L (NO3) e 2-3 mg/L (PO4).
Além disso, é importante fazer os mesmos testes com a água de reposição. Níveis acima de 5 mg/L (NO3 e/ou PO4) são um péssimo sinal. Esse problema já é um pouco mais complicado. Para resolver, só com resinas removedoras de nitrato e fosfato ou com caros deionizadores ou aparelhos de osmose reversa.
Paralelamente ao problema dos nutrientes, devemos nos preocupar também com a iluminação. Lâmpadas de espectro fotossintético "quente" (Flora-Glo, por exemplo) agravam ainda mais o problema com as algas. Então, é preciso cuidado na hora de escolher as lâmpadas do aquário. Mais preocupação com a qualidade do que com a potência.
Portanto, controlando os níveis de nitrato e fosfato e utilizando lâmpadas no mínimo razoáveis, problemas com algas ficarão para o passado. É importante saber disso antes de tomar qualquer outro tipo de medida, pode lhe poupar tempo e dinheiro. Um aquário bonito depende de bastante cuidado e atenção.